ENSINAMENTOS DE “EMMANUEL” PERANTE A TUBERCULOSE DO “CHICO”.
Pelos médicos locais é considerado tuberculoso, tão fraco está e febril. E, em certa manhã ensolarada, vendo-o tão triste, sentado à entrada da porta, Emmanuel seu dedicado Guia, põe-lhe a mão no ombro e diz: “Chico, procure reagir, senão você falirá e se chegar agora aqui, desencarnado, chegará inegavelmente como um homem de bem, porque já realizou algo, mas deixará por fazer muita coisa prometida e nos colocará em situação sobremodo delicada, pois que
levamos anos a organizar os planos de sua reencarnação. Procure, pois, reagir. a tristeza, meu filho, é cupim do coração, traz moléstia grave.
Muitas doenças têm como causa um movimento explosivo de cólera, um aborrecimento, um atrito, um ato de revolta, um desejo insatisfeito. São os rins que se tocam; é o coração que recebe, em cheio, a punhalada de um ódio; é o fígado que todo se ingurgita com a angústia de um orgulho ofendido; são os pulmões que se mostram
enfraquecidos, por falta do oxigênio de nosso otimismo, da nossa confiança em nós mesmos e em Deus.
Amanhã irei mostrar-lhe a fazenda do pai, a natureza, para que você a sinta, compreenda e possa dela traduzir a mensagem amorosa e retirar os remédios mais santos e eficientes para curar-se, ser mais útil e feliz. E se você como penso, assimilar o que lhe vou mostrar, para certificar-se de que o bem que fazemos é o nosso bem, que quem dá recebe mais, ficará curado, porque vai mudar de vida, agir de outra forma”.
E na manhã seguinte, de fato, Emmanuel ensinou ao Chico, primeiramente, a orar, mesmo com o rádio trabalhando alto, rádio com que o presenteara o saudoso irmão Figner. Ensinou-lhe,
depois, a tomar vagarosamente o café da manhã, a fim de “senti-lo” e analisar seu plantio, a sua colheita, a sua história, tocante; e assim fez com o pão, traduzindo-lhe a lição magistral.
Depois partiu para o trabalho, ainda acompanhado do bondoso Conselheiro e Amigo, atendendo e correspondendo, atenciosa e alegremente, como era aconselhado, a todos os cumprimentos,
principalmente quando de um “vá com Deus”, “Deus lhe pague”, “Deus lhe ajude”, saídos dos corações que beneficiamos e que são luzes que entram pela nossa alma, sentimentos de Paz que
chegam ao nosso coração como remédios curadores. E caminho afora, nessa manhã clara de sol, o abnegado Emmanuel foi mostrando-lhe todos os valores da “Fazenda do Pai”.
Cada pormenor do valioso patrimônio apresentava, com a explicação dada, uma significação particular. A árvore, o caminho, a nuvem, a poeira, que é o “mataborrão” dos charcos, simbolizando uns o desvelo do homem e, outros, a misericórdia de Deus; o frio, a ponte, que serve a pobres e ricos, a maus e bons, que tem uma serventia.
— Chico, você já foi ponte para alguém? — pergunta-lhe o caro Emmanuel.
E ele, sem saber como responder ao iluminado Guia, cala-se e vai guardando os ensinos recebidos, com amor, atenção e respeito. Em sonho, recebe a graça final. E dias depois, como previra Emmanuel, o querido irmão está curado, forte, alegre e feliz.
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